Saúde

Lesão labral do quadril: sintomas, diagnóstico e tratamento

Saiba identificar sinais, como é feito o diagnóstico e quais tratamentos são eficazes para lesão labral do quadril.

Sentir dor no quadril sem causa óbvia pode ser frustrante. Muitas pessoas ignoram ou atribuem o desconforto ao desgaste natural. Quando a fonte é o lábio acetabular, chamamos de lesão labral do quadril.

Neste artigo eu explico, de forma direta, como reconhecer os sintomas, quais exames esclarecerão o quadro e quais tratamentos realmente ajudam a recuperar a vida ativa.

O que é a lesão labral do quadril?

No COE, Centro de Ortopedia Especializada em Goiânia, a equipe médica esclarece que o lábio acetabular é um anel de cartilagem que ajuda a dar estabilidade à articulação do quadril. Uma lesão nessa estrutura provoca dor, bloqueios e perda de mobilidade.

Lesão labral do quadril pode ocorrer por trauma, movimento repetitivo ou por alterações da própria anatomia do quadril. Nem sempre aparece com um estalo visível, mas o impacto na rotina pode ser grande.

Sintomas comuns

  • Dor na virilha: sensação profunda, muitas vezes ao sentar ou ao girar a perna.
  • Clunking ou estalido: sensação de travamento ou ruído ao mover o quadril.
  • Limitação de movimento: dificuldade para fazer certos movimentos, como cruzar as pernas.
  • Dor ao praticar esportes: especialmente em atividades com giro ou impacto repetitivo.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico começa com a história clínica e o exame físico. O médico faz testes específicos para reproduzir a dor e avaliar a estabilidade do quadril.

Os exames por imagem confirmam a lesão. A radiografia avalia ossos e formato do quadril. A ressonância magnética com contraste, chamada MRI arthrogram, é mais precisa para visualizar o lábio acetabular.

Em alguns casos a artroscopia diagnóstica é necessária. Ela permite ver a lesão diretamente e, ao mesmo tempo, tratar o problema.

Exames comuns

  • Raio X: identifica alterações ósseas e deformidades.
  • Ressonância magnética com contraste: mostra lesões do labrum e do tecido ao redor.
  • Ultrassom: usado em alguns centros para avaliar estruturas superficiais e guiar infiltrações.

Tratamento: quando conservador funciona e quando operar

O objetivo é reduzir a dor e recuperar função. O tratamento é individualizado e depende da gravidade, dos sintomas e da atividade do paciente.

Tratamento conservador

Comece sempre pelo menos invasivo. Muitos pacientes melhoram com medidas simples e fisioterapia dirigida.

  1. Descanso relativo: evitar movimentos que reproduzem a dor.
  2. Fisioterapia: fortalecimento do core e trabalho específico para mobilidade e controle do movimento.
  3. Medicação anti-inflamatória: alívio da dor por curtos períodos, sob orientação médica.
  4. Infiltração com corticoide ou anestésico: alívio temporário para diagnóstico e controle da dor.

Tratamento cirúrgico

Quando a dor persiste e limita a vida ou o esporte mesmo após tratamento conservador, a cirurgia pode ser necessária. A artroscopia de quadril é a técnica mais utilizada.

  • Reparo do labrum: sutura do tecido lesado para restaurar a anatomia.
  • Debridamento: remoção de fragmentos danificados quando o reparo não é possível.
  • Reconstrução do labrum: indicada em casos com perda importante do tecido.

A recuperação pós-operatória inclui fisioterapia e liberação gradual das atividades. O retorno ao esporte costuma levar meses, dependendo do procedimento.

Reabilitação e tempo de recuperação

A reabilitação é parte essencial do sucesso. Foco em força, propriocepção e movimentos funcionais.

  1. Fase inicial (0-6 semanas): controle da dor, ganho de mobilidade e caminhada com apoio conforme indicado.
  2. Fase intermediária (6-12 semanas): fortalecimento progressivo e treino de estabilidade.
  3. Fase avançada (3-6 meses): retorno gradual a atividades esportivas e movimentos de maior demanda.

Prevenção e dicas práticas

Para reduzir o risco de lesões ou evitar recidivas, os melhores especialistas em ortopedia de Goiânia recomendam a adoção de posturas corretas e a atenção constante aos sinais do corpo, que é fundamental.

  • Técnica correta: ajuste da técnica esportiva para reduzir estresse no quadril.
  • Fortalecimento: músculos do core e glúteos bem condicionados aliviam a carga na articulação.
  • Aquecimento adequado: movimentos de mobilidade antes do exercício.
  • Recuperação: respeitar sinais de dor e dar tempo ao corpo para descansar.

Quando procurar um especialista

Procure um médico se a dor persistir por mais de algumas semanas, se houver estalidos frequentes ou limitação para atividades diárias.

Para casos complexos ou para discutir cirurgia, um ortopedista com experiência em quadril será a melhor opção. Você pode buscar referências para uma avaliação mais detalhada.

Perguntas frequentes rápidas

  • Lesão labral do quadril tem cura? Muitos casos melhoram com tratamento adequado; alguns precisam de cirurgia para recuperação completa.
  • Posso continuar a treinar? Depende da dor e do tipo de treino. Ajustes e fisioterapia costumam ser necessários.
  • Cirurgia é sempre necessária? Não. A maioria dos casos começa com conservador e a cirurgia é reservada para quem não melhora.

Conclusão

Lesão labral do quadril é uma causa comum de dor e perda de função, mas hoje existem caminhos claros para diagnóstico e tratamento.

Comece com avaliação clínica, confirme com exames e siga um plano individualizado entre fisioterapia e, quando necessário, cirurgia. Com orientação adequada é possível reduzir a dor e voltar às atividades.

Se você tem dor que interfere nas tarefas diárias, procure avaliação e aplique as dicas acima. Cuide do seu quadril e busque ajuda especializada para tratar lesão labral do quadril.

Credito imagem – https://www.freepik.com